Friday 14 August 2009

Hold my hand now...

Tamara de Lempicka, Les deux amies, 1923




Demasiado. Demasiado amor, demasiada atenção. Demasiads felicidade. Haverá um preço? Perderei tudo?



Neste momento não quero pensar. Quero dar-me. Unconditional and free. Like your love.



Nunca sabemos o que tráz o dia de amanhã, e essa certeza magnífica, deslumbrante, tão reconfortante, apavora-me. Porque amanhã posso perder-te, perdê-lo, perder-me. E depois? Que restará de mim?



Eu, que clamo a liberdade, a minha acima de tudo, não sei realmente lidar com ela. Queria só ter tudo. Tudo. Queria ter-te, tê-lo, ter-me, e por medo da felicidade não acredito que seja possível. Será a falta de fé a trazer o fim? Provavelmente...



O coração nunca me foi de grande ajuda. Baralha-me. Confunde-me. Leva-me a sítios que desconheço e temo.



Amei-te como nunca amei ninguém. Amei-te como se ama verdadeiramente, e sempre o soube. E agora já não sei mais nada, porque tenho de novo medo.



Fica.



Fica-me.




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